Isabelle de Borchgrave transformou roupas de pinturas famosas em esculturas
Já olhou alguma pintura clássica e pensou algo como: “Nossa! Adoraria ter um vestido assim” e imaginou como ficaria em tamanho real? Pois a belga Isabelle de Borchgrave teve a mesma ideia, mas foi além. Artista de talento, ela resolveu transformar as roupas de quadros clássicos em…papel. Isso mesmo. Isabelle usa o material para criar joias, objetos de decoração, artefatos, lâmpadas, roupas e também vestidos. Usando técnicas que desenvolveu com sua equipe de assistentes, ela confecciona objetos brilhantes e radiantemente coloridos que seduzem pessoas e marcas proeminentes em todo o mundo.
As coleções de roupas com o nome de Isabelle de Borchgrave são inspiradas no estilista espanhol Mariano Fortuny, na moda francesa do século 17, no balé russo e também nos casacos Kaftan, Coco Chanel e Dior, para citar algumas referências. As peças parecem feitas de veludo, cetim, seda ou tule, mas nenhuma delas contém qualquer tecido. Tudo é feito somente com papel e, às vezes, argila ou algum material típico de artesanato. Por tudo isso, ganhou uma exposição só dela no Speed Art Museum, localizado na Louisiana, Kentucky, nos EUA. A coleção traz justamente uma seleção de vestidos ornamentados de séculos passados e criados inteiramente de papel, feitos com ajuda de seda, botões e pérolas.
A ideia de criar roupas de papel surgiu durante uma viagem que Isabelle fez em 1994 à cidade de Nova York e seu famoso MoMA (Metropolitan Museum of Art). A visita que fez à retrospectiva de Yves Saint-Laurent ao museu a inspirou a contar a história do design de moda. Em parceria com Rita Brown, uma figurinista canadense, ela criou a aula de história chamada ‘Papier à la Mode’ (‘papel na moda’, em francês). Formada por trajes de papel em tamanho natural inspirados em diferentes épocas do século 17 em diante, viajou da Europa aos Estados Unidos e também ao Japão.
De certa forma, essa dedicação repentina ao papel fazia sentido. O material foi o primeiro brinquedo de Isabelle quando criança. Ela afirma que, com o papel, se algo der errado, você pode amassar e jogar no lixo para começar de novo. Isso o torna mais aventureiro e permite criar mais. Isso inclui vestidos e fantasias pintados ao longo dos séculos em todo o mundo. Mas não parou por aí. Ela incluiu acessórios também, como bolsas e sapatos. Duas paixões, arte e papel, juntas para dar vida às obras de arte. Aproveitando esse elemento surpresa, Isabelle ganhou fama por atuar com “design de roupas de papel”.
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